terça-feira, 22 de dezembro de 2009
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Amaram o amor urgente
As bocas salgadas pela maresia
As costas lanhadas pela tempestade
Naquela cidade
Distante do mar
Amaram o amor serenado
Das noturnas praias
Levantavam as saias
E se enluaravam de felicidade
Naquela cidade
Que não tem luar
Amavam o amor proibido
Pois hoje é sabido
Todo mundo conta
Que uma andava tonta
Grávida de lua
E outra andava nua
Ávida de mar
Ouvindo risadas, sentindo arrepio
Olhando pro rio tão cheio de lua
E que continua
Correndo pro mar
E foram correnteza abaixo
Rolando no leito
Engolindo água
Rolando com as algas
Arrastando folhas
Carregando flores
E a se desmanchar
E foram virando peixes
Virando conchas
Virando seixos
Virando areia
Prateada areia
Com lua cheia
E à beira-mar
Lua, lua, lua, lua
Por um momento
Meu canto contigo compactua
E mesmo o vento canta-se
Compacto no tempo
Estanca
Branca, branca, branca, branca
A minha, nossa voz a tua sendo silêncio
Meu canto não tem nada a ver com a lua
Lua, lua, lua, lua
sábado, 31 de outubro de 2009
....
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
o anticristo
O prólogo: cena de sexo explícito rodada em preto e branco ao som de uma ária de Händel. A cena é maravilhosa e transita entre a beleza, o erotismo e a tragédia. Nessa hora já pensei: Lars desgraçado! Que cena é essa??? Maravilhosa!!! Como pode??? Depois de meia hora, vc fica se perguntando, quem será o anticristo....me envolvi na tentativa psicoanalitica do protagonista ajudar sua mulher enfrentar uma grande perda na segunda parte "Grief". O filme passa por um momento monocórdio e vc como espectador jura que o filme vai seguir essa linha até o fim "Pain"...... Mas lars surpreende com a frase "o caos reina" vindo da boca de um bicho. Aí fui arrebatada pelas mais diversas angustias e desconfortos...A Natureza é uma força devastadora, assim como uma mãe que sofre com a morte de seu filho. Como diz o trecho da ópera Rigoleto, de Handel, na abertura e encerramento do filme, a personagem feminina pede "deixe-me chorar pelo meu destino cruel (...), que a dor possa romper os laços da minha angústia".
Logo que o filme terminou, não sabia dizer se tinha gostado ou não. Durante o filme, passei por diversas sensações. E vi no cinema as mais diversas reações: gente indignada, gente emocionada...
Mas o que realmente me deixou passada, foi como essas sensações ainda me povoam, me perturbam. E eu sempre vou acreditar no provocar. Provocar!!
domingo, 18 de outubro de 2009
chagal
como água, fogo, e cores
como almas sinto doce de quê?
de flores!
és só e somente aquilo que sentes
terça-feira, 6 de outubro de 2009
velho amigo!
Voltei a cantar
porque senti saudade
do tempo em que eu andava pela cidade
Com sustenidos e bemóis
Desenhados na minha voz
E a saudade rola, rola
Como um disco de vitrola
Começo a recordar
Cantando em tom maior
E acabo no tom menor
porque senti saudade
do tempo em que eu andava na cidade
Com sustenidos e bemois
Desenhados na minha voz
Ó meu samba, velho amigo
Novamente estou contigo
Uma vida me transtorna
Como um filho à casa torna
De ti nunca me esqueci
domingo, 20 de setembro de 2009
pé no chão e fé na estrada
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
de quartas...
Tá cansada, senta
Se acredita, tenta
Se tá frio, esquenta
Se tá fora, entra
Se pediu, agüenta
Se pediu, agüenta...
Se sujou, cai fora
Se dá pé, namora
Tá doendo, chora
Tá caindo, escora
Não tá bom, melhora
Não tá bom, melhora...
Se aperta, grite
Se tá chato, agite
Se não tem, credite
Se foi falta, apite
Se não é, imite...
Se é do mato, amanse
Trabalhou, descanse
Se tem festa, dance
Se tá longe, alcance
Use sua chance
Use sua chance...
Se tá puto, quebre
Ta feliz, requebre
Se venceu, celebre
Se tá velho, alquebre
Corra atrás da lebre
Corra atrás da lebre...
Se perdeu, procure
Se é seu, segure
Se tá mal, se cure
Se é verdade, jure
Quer saber, apure
Quer saber, apure...
Se sobrou, congele
Se não vai, cancele
Se é inocente, apele
Escravo, se rebele
Nunca se atropele...
Se escreveu, remeta
Engrossou, se meta
E quer dever, prometa
Prá moldar, derreta
Não se submeta
Não se submeta...
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
CEP
hoje eu vi um carteiro na vrente do meu prédio num dia em que eu corria tanto que não conseguia nem ver a mim mesma. Aí, eu parei, fiquei olhando aquele uniforme, as cartas que ele tirou e depositou na minha caixa...o mundo em volta ficou mais lento, quase estático, tipico dos sonhos de einstein, e cheguei a uma conclusão que me encheu o coração de energia. Dei um sorriso e pensei:
Eu seria carteira!
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
vc tem fome de quê?
clarisse
terça-feira, 21 de julho de 2009
kitsch total!
o Kitsch seria a tentativa de exclusão de tudo o que há de inaceitável e contraditório na existência humana. Seria, portanto, a negação absoluta (literal e figurada) da merda, em suas palavras.
Fazendo uma das mais originais reflexões a respeito da estética do Kitsch e suas raízes metafísicas, Kundera inicia seu raciocínio abordando o problema teológico da merda – segundo ele, mais penoso do que a questão do Mal. Afirmando que as únicas perguntas realmente sérias são aquelas que podem ser formuladas por uma criança, recorda suas dúvidas infantis frente às gravuras de Gustave Doré em uma edição do antigo testamento, mostrando Deus como um senhor de espessa barba e expressão severa. Se Deus é a imagem modelo do homem – pensava ele – e, como nós, possuía boca, olhos e nariz, então deveria possuir intestinos que deveriam funcionar de forma semelhante aos nossos. A criança que ele era intuía o que havia de sacrílego nesta decoberta involuntária da fragilidade fundamental da antropologia judaico-cristã: “ou o Homem foi Criado à imagem e semelhança de Deus – e então Deus possui intestinos –, ou Deus não tem intestinos e não nos parecemos com ele”. Conclui em seguida: “”Deus dá liberdade ao Homem, e podemos admitir que ele não é o responsável pelos crimes da Humanidade. Mas a responsabilidade pela merda cabe inteiramente àquele que criou o homen, somente a ele.”
Mais adiante, Kundera retoma a alegoria teológica para identificar, enfim, o que para ele é a origem metafísica do Kitsch: o “Acordo Categórico com o ser”. Afirmando que, muito mais importante e real do que o debate entre os que crêem na criação divina do universo e os que crêem no acaso, é a diferença entre “(...) aqueles que contestam a existência tal como foi dada ao Homen (pouco importa como e por quem) e aqueles que aderem a ela sem reservas”. Identifica, assim, duas posturas básicas perante a vida: o hábito do questionamento frente aos fatos e às coisas; e a existência passiva, sem maiores questionamentos filosóficos. No primeiro caso, faz-se necessário uma genuína curiosidade pelas coisas e pela vida em si, uma imaginação no mínimo desperta, e uma boa dose de originalidade e de interesse no inusitado. No segundo caso, basta aceitar e aderir sem reservas ao dito “senso comum”, adotando o “Acordo Categórico com o Ser” como parâmetro fundamental para a concepção da existência.
O “Acordo Categórico com o Ser” tem suas raízes no primeiro capítulo do Gênesis, segundo o qual o mundo foi criado como deveria ser, o ser humano é bom e, portanto, sua função é procriar. Para o autor Tcheco, tal noção está tão enraizada na cultura ocidental que pode ser visualizada por trás de todas as crenças européias, sejam elas Políticas, Religiosas, “Científicas” ou Artísticas. Para ele, a “objeção à merda”, tão comum na cultura oficial até bem pouco tempo atrás, é de ordem metafísica: “(...) defecar é dar uma prova cotidiana do caráter inaceitável da criação. (...) Ou a merda é aceitável (...), ou Deus nos criou de maneira inadmissível”. Assim, o “Acordo Categórico com o Ser” tem por ideal um mundo no qual a “merda” é ignorada, onde todos se comportam como se ela não existisse. Tal ideal estético é o que Milan Kundera identifica como KITSCH.
Tal raciocínio é extremamente original, já que permite aplicações mais amplas da noção de Kitsch, relacionando a sua estética com questões ideológicas, comportamentais, políticas, etc... Com tal artifício, o autor se vê munido de uma lente sob cujo prisma analisa, por exemplo, o Comunismo Soviético (“... o que a repugnava não era tanto a feiúra do mundo comunista... mas a máscra de beleza com que ele se disfarça, ... o kitsch comunista.”), o Olhar míope dos EUA sobre o resto do mundo (no episódio do Senador emocionado com os netos brincando no gramado, demonstrando compaixão e compreensão a uma “refugiada” Tcheca), a produção cultural da Europa Oriental (“... na mais cruel das épocas, os filmes soviéticos ... eram impregnados de uma incrível inocência... Eles descreviam o ideal comunista, enquanto a realidade ... era bem mais sombria.”), a política em geral (“O Kitsch é o ideal estético ... de todos os movimentos e partidos políticos.”) e a sociedade como um todo (“A fraternidade entre todos os Homens não poderá ter outra base senão o Kitsch”) Segundo esta noção, o Kitsch apela para o sentimentalismo, alimentando-se de imagens-chave – a Filha Ingrata, a Pátria Traída, as Dores do Amor, Homens Públicos beijando Criancinhas, a Heroína injustiçada, o Patriota Sacrificado, etc... – e ignorando o insólito, o original. A síntese perfeita desta passagem é o trecho:
“O Kitsch faz nascer, uma após a outra, duas lágrimas de emoção. A primeira lágrima diz:
– Como é bonito crianças correndo no gramado.
A segunda lágrima diz:
– Como é bonito ficar emocionado, junto com toda a humanidade, diante de crianças correndo no gramado.
Somente esta segunda lágrima faz com que o Kitsch seja o Kitsch.”
Outro aspecto interessante do raciocínio de Milan kundera é a identificação de várias espéces de Kitsch: o Kitsch católico, o Kitsch protestante, o Kitsch judeu, o Kitsch comunista, o Kitsch fascista, o Kitsch democrático, o Kitsch femisnista, o Kitsch europeu, o Kitsch americano... Todos com seus clichês e imagens-chave. O Mais discutido por ele é o Kitsch totalitário, numa crítica aos regimes ditatoriais e sua típica perseguição ao individualismo. Numa sociedade politicamente plural o indivíduo pode “proteger sua individualidade e o artista pode criar obras inesperadas”. Já em sociedades dominadas por um partido único, reina o Kitsch totalitário, que hostiliza toda a manifestação de individualidade (“toda discordância é uma cusparada no rosto sorridente da fraternidade”), ceticismo e a própria ironia (“porque no reino do Kitsch tudo deve ser levado a sério”), assim como indivíduos destoantes do contexto social tradicional, como homosexuais e mulheres independentes, mães solteiras, Artistas independentes e livres pensadores, etc... O Homem que Interroga é identificado aqui como o verdadeiro adversário do Kitsch totalitário. “A pergunta é como uma faca que rasga o pano de fundo do cenário para que se veja o que está por trás”.
Podemos fazer uma analogia interessante deste cenário político com o universo da cultura de massa atual, onde determinados “nichos de mercado” (em especial no campo da música popular) são dominados por poucas e grandes empresas do “entretenimento” que obedecem a regras – segundo alguns, na maioria das vezes arbitrárias – quase ditatoriais para distribuir e divulgar a produção cultural, encarada como um produto que deve se enquadrar nas exigências do mercado, baseando-se na pesquisa das tendências gerais de consumo (que, obviamente obedecem ao padrão médio das imagens-chave que formam o Kitsch de determinado grupo). É de conhecimento público a falta de originalidade e de conteúdo de boa parte das várias superproduções da cultura de massa atualmente, não raro disfarçada por uma máscara de pretensão e pseudo-sofisticação conceitual.
Todo grupo social, portanto tem seu Kitsch e necessita de certezas e verdades simples que possam ser assimiladas pelo maior número de pessoas possíveis. Desta forma é que, mesmo os grupos políticos que combatem o totalitarismo de um regime de partido único acabam por criar seu próprio Kitsch totalitário (que nega e exclui não só as imagens-chave do Kitsch rival, mas qualquer outra manifestação individual e original que não corresponda às suas próprias imagens-chave), sendo esta uma característica intrínseca não só do embate político, mas da maioria das relações entre grupos distintos, sejam eles culturais, religiosos, etc... Fazendo, novamente, uma analogia no campo da cultura de consumo em massa, é comum vermos hoje a consolidação de uma série de clichês no universo das iniciativas que deveriam ser uma alternativa ao monopólio das grandes corporações na produção cultural (musical, cinematográfica, literária). O surgimento de um, por assim dizer, "Kitsch underground", ou “Kitsch ant-Kitsch”
Por fim, o reconhecimento e a aceitação do autor de que, “por maior que possa ser nosso desprezo por ele, o Kitsch faz parte da condição humana” – identificando-o inclusive em Sabina, a personagem do romance que personifica a negação ao Kitsch – , nos dá uma pista sobre qual seria a maneira mais coerente de lidar com esta “realidade incômoda” aos espíritos mais sensíveis. Ao reconhecer o Kitsch como o que ele verdadeiramente é – mais uma fraqueza humana – , ele perde seu poder totalitário. No momento em que é reconhecido como mentira, ele passa para o contexto do não- Kitsch, e pode-se conviver com ele. Pode-se emocionar com um filme sentimental, pode-se empolgar com uma música dita “brega” sem necessariamente se estar rendendo à ditadura do Kistch. Isso só aconteceria no caso de se deixar cegar pelas emoções surgidas das imagens-chave do Kitsch em questão, sem maiores reflexões ou tentativas mais amplas de entendimento. No caso de se deixar verter a “segunda lágrima de emoção” que torna Kitsch o Kitsch.
domingo, 12 de julho de 2009
um repúdio à nossa ignorância.
quinta-feira, 2 de julho de 2009
but a slow glowing dream
that your fear seems to hide
deep inside your mind.All alone
I have criedsilent tears
full of pridein a world
made of steel,made of stone.
Well, I hear the music,
close my eyes, feel the rhythm,
wrap around, take a holdof my heart.
What a feeling.
Bein's believin'.
I can have it all, now I'm dancing for my life.
Take your passion and make it happen.
Pictures come alive,
you can dance right through your life.
Now I hear the music,
close my eyes, I am rhythm.
In a flash it takes hold of my heart.
What a feeling.
Bein's believin'.
I can have it all, now I'm dancing for my life.
Take your passion and make it happen.
Pictures come alive, now I'm dancing through my life.
What a feeling.
What a feeling I AM MUSIC NOW
Bein's believin'. I AM RHYTHM NOW
Pictures come alive, you can dance right through your life.
What a feeling. YOU CAN REALLY HAVE IT ALL
What a feeling. PICTURES COME ALIVE WHEN I CALL
I can have it all I CAN REALLY HAVE IT ALL
Have it all PICTURES COME ALIVE WHEN I CALL
CALL CALL CALL CALL WHAT A FEELING
quinta-feira, 25 de junho de 2009
enciclopédia da beleza feminina: capitulo dois a dona de casa, esse trabalhador braçal!
segunda-feira, 22 de junho de 2009
terça-feira, 9 de junho de 2009
domingo, 31 de maio de 2009
terça-feira, 26 de maio de 2009
domingo, 24 de maio de 2009
"acabara-se a vertigem de bondade"
"tudo acaba, leitor; é um velho truismo, que se pode acrescentar que nem tudo o que dura dura muito tempo. a idéia de que um castelo de vento dura mais que o mesmo vento de que é feito, dificilmente se despregará da cabeça, e é bom que seja assim, para que não se perca o costume daquelas construções quase eternas"
quinta-feira, 7 de maio de 2009
o corpo está aqui.
E se, por sorte, eu vivesse com ele uma familiaridade usada....como com uma sombra.....(...) Mas todas as manhãs, a mesma presença, a mesma ferida. Diante dos meus olhos desenha-se a inevitávelimagem que o espelho impõe. E é nessa feia concha, nessa gaiola de que não gosto, que vou ter de me mostrar e e passear-me.(...) Meu corpo é o lugar sem recurso a que estou condenado. Penso que é contra ele, e como que para apagar, que se fizeram nascer todas as utopias (...) pode bem ser que a utopia primeira, a que é mais inextirpável no corpo dos homens, seja precisamente a utopia de um corpo incorpóreo (...)
Fui tonto à julgar que o corpo nunca está em outro sítio.... que era um aqui irremediável... o meu corpo está sempre em outro sítio. Está ligado a todos os sítios do mundo. E, para dizer a verdade, só no mundo é que as coisas se dispõe, é relativamente a ele, que há um cima, uma baixo, um lado, um longe, um perto. O corpo não está em parte alguma, está no coração do mundo, ali onde os caminhos e os espaços vêm se cruzar (...) De uma forma estranha, os gregos de homero não tinham palavras para designar a unidade corpo. A palavra grega que aparece, designa cadáver. São o cadaver e o espelho que nos ensinam que temos um corpo, que esse corpo tem uma forma, que tem um contorno, uma espessura, um peso, que ocupa um lugar. é graças ao espelho e ao cadáver que nosso corpo não é puro espírito nem simples utopia.
Talvez seja parecido dizer tambem que fazer amor é sentir o próprio corpo fechar-se sobre si, é existir finalmente fora de qualquer utopia com toda sua densidade, entre as mãos do outro,sob os dedos do outro que os percorre, todas as partes invisíveis do vosso corpo começam a existir. Contra os lábios dos outros, os vossos tornam-se sensíveis. Diante dos seus olhos semicerrados, a vossa cara adquire uma certeza, e finalmente um olhar para ver as vossas pálpebras fechadas. O amor, também como espelho e como a morte, apazigua a utopia do vosso corpo, fá-la calar-se, acalma-a, fecha-a como que numa caixa, encerra-a e fecha-a. é por isso que é um parente tão próximo da ilusão do espelho e da ameaça da morte. E se, apesar dessas duas figuras perigosas que a rodeiam, se gosta tanto de fazer amor, é pq no amor, o corpo está aqui"
M Foucault
quinta-feira, 30 de abril de 2009
o tango!!!!!
quinta-feira, 9 de abril de 2009
um guru me disse: cuidado com a bipolaridade astral!
domingo, 5 de abril de 2009
meus vicios permanecem...tem subverter a ordem na repatição
Sou viciada em tirar pelinha dos calos dos pés. Sou viciada em comer pasta de dente enquanto escovo os dentes. Sou viciada em gente. Tenho dificuldades com a solidão. Sou viciada em sonhos. Me doem os pés no chão.... E sou viciada em histórias. Crio e recrio uma a cada dia; porque o comum, o dia a dia me angustia. Sou viciada em criar sentido nas coisas. Sou viciada em falar sozinha. Sou viciada em sorvete! Sou viciada em cheiros....perfumes....sou viciada em pensamentos positivos. Sou viciada em vestidos. Sou viciada em teatro. Meu amor pelo teatro definitivamente é vicio. Me perturba quando fico em abstinência....
Sou viciada em orelhas. Sou viciada em corpo. Sou viciada em toque. Sou viciada em atenção. Sou viciada na noite. Sou viciada em noite. Sou viciada em liberdade...aí eu me deparo com o vicio pela paixão, e sofro por falta de apego. Sou viciada em apego e sofro pelo vicio pela liberdade.....sou viciada em gente e sofro pela falta de espaço.....sou viciada em mim mesma e sofro pela falta do outro. Aí eu sofro porque na verdade não gosto do sofrer, gosto do prazer. E aí eu esqueço que um depende do outro, que o desprazer me trás a referência. E que comer bala demais da dor de barriga! Fazem 10 dias que não como bala. Há um prazer em conseguir ficar sóbria...................
quinta-feira, 2 de abril de 2009
na margem da gente tem um mar!
significa que, quanto maior o valor i, mais próximo de L serão os termos da sequência. Neste caso, dizemos que o limite da sequência é L.
sábado, 28 de março de 2009
quinta-feira, 26 de março de 2009
previsão do tempo
previsão do tempo no mundo. Foco: américa latina; Brasil; são paulo; zona sul; santo amaro;rua diogo rodrigues; casa; corpo; pensamento....tempo propício à frente fria. Ela é a zona de contato entre uma massa de ar frio e uma massa e ar quente; tempo instável, nebulosidade e chuva. É certo, que a lua é nova, e precede um lindo eclipse do sol (posso enxergar além das estrelas...) e é um perfeito alinhamento entre o sol, lua e terra. Mas é quase outono, as folhas caem, nascem outras.
o i ching diz: As coisas estão se desenvolvendo a contento, mas você não deveria apressar os resultados. É preciso ir bem devagar em algumas fases do processo. Procure apreciar o tempo das coisas, curta mais a paisagem da viagem. Por que pressa, afinal?
o mapa astral diz: qualidade comunicativa natural, uma verve que lhe permite comunicar com eficiência as idéias que tem. É provavelmente uma pessoa que aprecia a filosofia, o conhecimento, a cultura, os idiomas, e tem um lado intelectual muito intenso. Provavelmente viajará muito (na realidade e na sua própria cabeça) e terá muitas histórias para contar.
O fato é, há um transito visível, uma transformação desejada e uma alegria em poder dizer, que amanhã posso vir aqui contar que tudo tá diferente, como eu sempre quis....
domingo, 15 de março de 2009
EMBRIAGAI-VOS
É necessário estar sempre bêbado. Tudo se reduz a isso; eis o único problema. Para não sentirdes o fardo horrível do Tempo, que vos abate e vos faz pender para a terra, é preciso que vos embriagueis sem cessar.
Mas -- de quê ? De vinho, de poesia ou de virtude, como achardes melhor. Contanto que vos embriagueis.
E, se algumas vezes, nos degraus de um palácio, na verde relva de um fosso, na desolada solidão de vosso quarto, despertardes, com a embriaguez já atenuada ou desaparecida, perguntai ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, perguntai-lhes que horas são; e o vento, e a vaga, e a estrela, e o pássaro, e o relógio, hão de vos responder:
--- É a hora da embriaguez! Para não serdes os martirizados escravos do Tempo, embriagais-vos sem tréguas! De vinho, de poesia ou virtude, como achardes melhor.
by
Baudelaire