segunda-feira, 17 de maio de 2010

o que meus olhos já viram (e o quanto desejam)

o que meus olhos já viram
o que meus olhos precisam
o que meu corpo presenciou
o que meu tempo atravessou
o que minha pele sentiu
o que minha alma se libertou
o que meus olhos já viram
é que quanto mais eu busquei ver
mais tive certeza de que achar que eu sou o centro do universo é estupidez
saio de mim
pra poder ver o mundo todo
porque se em mim se acha um mundo
é lá fora que me encontro
mim!

que saudade lá de fora!!!!!! Mundo me espera que eu to indo, meu dengo....
Diz pra todo o mundo, que um dia eu chego, e parto de novo, que essa é minha sina
Diz que to dando um tempo aqui dentro, descobrindo a angustia de ser, me embriagando de mim mesma (sem direito à engov)
me perdendo em outro corpo
insuportavel fronteira do outro-ser!
brincando com o limite do corpo
com o limite da ansiedade
com o limite do entregar-se e ser malemolente assim...
Diz que tenho uma divida, com o tempo dos burros
to me impanturrando de um bem me quer-mal me quer
mas que se nada der
se nao encontrar o azul
se eu nao sentir os pelos se arrepiarem
volto à você tempo-livre
te espaçarei-me-todo-assim em mim
e volto a ser terra de novo!




















Um comentário:

  1. mais tive certeza de que achar que eu sou o centro do universo é estupidez
    saio de mim
    pra poder ver o mundo todo
    porque se em mim se acha um mundo
    é lá fora que me encontro...

    - Que coisa linda.

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